quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SÃO PAULO, O EVANGELHO DA PODRIDÃO!


O presidente da FUCIRLA-SP denuncia nova epidemia em São Paulo, Sampa, Paulicéia Desvairada, podre, cagada e mijada pelo mal que os bons administradores fazem às políticas públicas imprescindíveis do Brasil.

São Paulo, o evangelho da podridão!

A cidade de São Paulo tá um lixo só em todos os sentidos, toda emporcalhada, pois ninguém consegue mais andar na região central sem que não pise em merda e excrementos congêneres. Um prato cheio pra epidemia nessa metrópole de 20 milhões de habitantes, e não há hábito de higiene que a evite diante de tamanha podridão nesse Inferno de Dante, podendo ser chamada já de, ao invés de Sampa, o evangelho da podridão.

Nenhum veículo de comunicação da capital noticia uma linha sequer sobre o abandono em que está metida São Paulo, digna de intervenção imediata da saúde pública.

Posto ainda que a Sampa do asseio de outrora também tá tomada por cracolândias ambulantes e descentralizadas, condenadas à morte nessa desassistência de saúde pública, que lhe trata de forma equivocada e imperdoável como assunto de polícia. Quanta incompetência!

As populações de moradores de rua aumentaram desastrosamente sem quaisquer estruturas, pois fazem suas necessidades fisiológicas na rua e a céu aberto. Não é questão moral nem de polícia tampouco ética é de saúde pública mesmo.

A violência mais do que nunca agora é lugar comum a qualquer hora, espaço e contexto e de forma às avessas vem sendo tratada como banalidade ou normalidade em que o cidadão inocente vira culpado, é preso e condenado. Pronto! Agora tudo se explica por meio do absurdo na capital podre de São Paulo e os impostos arrecadados se evaporam em campanhas eleitorais uma vez mais.

As calçadas viraram latrinas podres ou na melhor hipótese lixeiras e depósitos de merdas e urinas.

Essas aberrações dum verdadeiro evangelho da podridão proliferam-se por causa da inoperância de autoridades municipais e do Estado, que as ignoram como o maior caso de saúde pública de todos os tempos. E quando tomam quaisquer medidas as fazem como se fossem caso de polícia: “têje preso!”, “sabe cum quem tá falanu?”, “caza caiu, é a puliça vagabundo”, o que na verdade trata-se de saúde pública, com desastre fatal irreversível duma epidemia inevitável e imediata.

Cadê a Secretaria da Saúde Pública? Cadê o Ministério Público? Cadê a Defesa Pública? Cadê o Executivo? Cadê o Legislativo? Cadê o Judiciário? Cadê o povo? Cadê o paulistano? Cadê Ninguém? Cadê o Conselho Nacional de Justiça/CNJ? Ei-los!

Afinal, o que tá havendo com essa classe de juízes? Será também que se filiaram à Máfia, ao crime organizado, às negociatas misteriosas do mercado imobiliário paulistano, nas quais juízes promovem à solta Audiência kafkiana à revelia da Lei 8009/90 e dos patronos do réu kafkianos, realizada em data retro a 25-4-2005 pelo Juíz de Direito ALEXANDRE AUGUSTO P.M. MARCONDES da 12ª Vara Cível do Foro Central/SP, sem que o advogado titular Dr. JAMIL CORVELLO/OAB-SP 42.607 recebesse intimação nem a sua publicação [Cf. Vol. I fls. 69/71 Proc. nº 583.00.2004.128554-4] Destarte, esta Audiência kafkiana é a cena inaugural da nulidade processual devorada na sede condenatória da Juíza LAURA DE MATTOS ALMEIDA, também à revelia da Lei 8009/90.

Cadê o Supremo Tribunal Federal/STF? Eita! A 12ª Vara Cível do Foro Central/SP também é uma indústria sem chaminé na produção corrupta de réus kafkianos à solta e criados de forma unilateral, ferindo os constitucionais direitos de defesa do cidadão, levando à praça de leilão seu único bem de moradia sem jamais ter conciliado consigo nem lhe permitido audiência ao advogado patrono da causa, membro de sua própria Corte?

Mas será o Benedito? E tudo isto ocorrendo em pleno estado democrático de direito. Ah! Então é verdade o que me disse à boca de Matilde o Engenheiro da vistoria, determinado pelos juízes da 12ª Vara Cível do Foro Central/SP pra avaliar o meu único bem de moradia pro supracitado Leilão já consumado no rito sumário? Veja-se pois seu discurso nessas possíveis palavras:

“O Senhor faça um empréstimo, financiamento no Banco e quite duma vez por toda essa sua dívida com o condomínio, pois essa turma [juízes, síndica, condomínio, imobiliária, advogados] quando assim pratica é porque escolheram o Sr. pra ser a bola da vez, e vão tomar seu apartamento. Ou então peça pro seu advogado engraxar as mãos deles. Mas por favor não conte a ninguém que eu lhe disse isso porque se eu for chamado pra testemunhar eu nego tudo. É que tô aqui vendo que o Sr. é um professor sacrificado, assalariado, inadimplente no condomínio, mas não gosto de ver tanta injustiça assim com uma pessoa que lhe foi negado tudo até uma simples audiência de conciliação.”

Assim o fiz, consegui o financiamento a duras penas, depositei o valor até a mais em juízo, mas de nada adiantou porque os juízes pregaram-me uma cama de gato, aceitando inicialmente e despachando junto com meus advogados, mas indeferindo meu embargo à arrematação em seguida, levando-me às dívidas outras ignoradas com o Banco financiador agora. Daí que um único problema passou a ser triádico, proliferando no seio dessa corrupção imobiliária na 12ª Vara Cível do Foro Central/SP e vice versa. E nem me peçam pra provar mais nada sobre esse caso porque contra tais fatos não há mais argumentos. A não ser esta última citação da Águia de Haia:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” [Rui Barbosa, 1849-1923]

Todavia, convém antes de quaisquer arbitragens arbitrárias aprender a lição de Zé Limeira, o poeta do absurdo, na literatura popular destes versos, a saber:

Você pensa que sabe tudo,
mas vagalume sabe mais!
Vagalume acende a bunda,
coisa que você não faz!

Ou ainda como se manifestam os repentistas de cordel em sua literatura popular por meio de seus versos nas pelejas entre os poetas Cego Aderaldo e Zé Pretinho:

Amigo José Pretinho
eu não sei o que será
de você no fim da luta
porque vencido já está;
— Quem a paca cara compra
a paca cara pagará
(...)
Agora cego, me ouça
cantarei a paca já
tema assim é um borrego
no bico de um carcará
quem a cara cara compra
caca caca cacará

Prof. Dr. Montgomery Vasconcelos
[Presidente da Fundação Científica Reis de Leão e das Astúrias-SP]

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